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Turistas sequestrados em Fortaleza esperaram “resposta do chefe” para saber se seriam mortos


Felipe Cardoso Nogueira (à esquerda), de 22 anos e Marcio Batista de Lima Junior (à direita), de 21 anos, foram presos por suspeita de sequestrar turistas mineiros em Fortaleza. — Foto: Reprodução
Felipe Cardoso Nogueira (à esquerda), de 22 anos e Marcio Batista de Lima Junior (à direita), de 21 anos, foram presos por suspeita de sequestrar turistas mineiros em Fortaleza. — Foto: Reprodução

Quatro turistas de Minas Gerais foram sequestrados por criminosos na praia do Pirambu, em Fortaleza, e passaram cerca de duas horas sob ameaça de morte enquanto os bandidos aguardavam uma decisão: matá-los ou não. A ordem viria de um chefe de facção, segundo o relato das vítimas à polícia. As informações são do G1.


O grupo — três homens de 30 e 42 anos e um jovem de 20, todos de Betim — tinha acabado de chegar à cidade na quarta-feira (26) para curtir o Carnaval. Depois de alugar um carro e se hospedar em um hotel no Bairro Moura Brasil, eles foram à praia buscar algo para comer. Ali começou o pesadelo.


Rendidos por ao menos três homens, foram questionados sobre pertencerem ao Comando Vermelho. Um dos turistas sequer sabia o que era “CV”. Ainda assim, foram levados para uma barraca abandonada, ameaçados com um revólver, revistados, roubados e obrigados a desbloquear celulares e contas bancárias. Os criminosos tiraram fotos das vítimas e mandaram para o “chefe”, aguardando autorização para execução.


A Polícia Militar chegou ao local após denúncia de moradores. Encontraram os turistas no escuro, sentados em um sofá, e ouviram deles: “Graças a Deus, achamos que íamos morrer”.


Dois suspeitos foram presos: Felipe Cardoso Nogueira, de 22 anos, e Márcio Batista de Lima Junior, de 21 — este, monitorado por tornozeleira eletrônica. Segundo as vítimas, Felipe liderava o grupo e Márcio manteve a arma apontada. Os dois negaram o crime, mas foram reconhecidos e autuados por tentativa de homicídio, roubo e associação criminosa.


Durante a audiência de custódia, a Justiça converteu as prisões em preventivas. O juiz destacou a “periculosidade dos autuados” e o uso de arma de fogo para roubar e ameaçar os turistas. A polícia segue em busca dos demais envolvidos.

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