RJ tem a 3ª taxa de desemprego mais alta do país no 1º trimestre de 2022, aponta IBGE
- Portal Notícias
- 13 de mai. de 2022
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Taxa fluminense ficou empatada à de Sergipe, distante dos três vizinhos do Sudeste que apuraram desemprego abaixo da média nacional. Contingente de desempregados no estado somava mais de 1,3 milhão de trabalhadores.

O estado do Rio de Janeiro encerrou o primeiro trimestre de 2022 com terceira maior taxa de desemprego do país. É o que apontam os dados da Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) divulgados nesta sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o levantamento, ao final de março, o contingente de desempregados no Rio de Janeiro somava 1,323 milhão de trabalhadores e taxa de desemprego no estado ficou em 14,9%, a mesma apurada em Sergipe, atrás apenas da Bahia (17,6%) e Pernambuco (17%).
O resultado fluminense diferiu, em muito, do apurado nos demais estados do Sudeste, cujas taxas de desemprego ficaram abaixo da média nacional.
Rio: 14,9%
média nacional: 11,1%
São Paulo: 10,8%;
Minas Gerias: 9,3%;
Espírito Santo, 9,2%.
De acordo com a analista da pesquisa do IBGE, Adriana Beringuy, questões estruturais da economia fluminense associadas à crise provocada pela pandemia explicam, em parte, a expressiva diferença da taxa de desemprego no estado quando comparada aos vizinhos sudestinos.
A pesquisadora lembrou que a indústria tem peso relevante nas economias de São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais, ao contrário da fluminense.
"No Rio, a atividade econômica é muito voltada para serviços e comércio, sendo essas as atividades mais afetadas nos últimos anos, sobretudo por causa da pandemia, e isso acaba atrapalhando a capacidade de geração de oportunidades de ocupação", apontou.
Na comparação com o 4º trimestre do ano passado, o Rio de Janeiro registrou queda em nove dos dez ramos profissionais pesquisados. Transporte, armazenagem e correio foi o único no qual a ocupação ficou estagnada.
Na indústria geral e nos serviços domésticos o recuo na ocupação foi de 57% e 42%, respectivamente. Para os demais ramos, embora tenham registrado redução do número de ocupados, o IBGE considerou que a ocupação se manteve estável, devido à relevância estatística dos dados.
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