Direita se une para combater a "bandidolatria"
- Portal Notícias
- 24 de out. de 2023
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Deputados de direita querem que criminosos que levaram o caos ao Rio de Janeiro na tarde da última terça-feira (23) sejam classificados como terroristas.

Por Redação
Um grupo de deputados de direita se manifestou sobre os atos de vandalismo realizados por milicianos na tarde da última segunda-feira (23), na Zona Oeste do Rio. A onda de ataques deixou pelo menos 35 ônibus destruídos pelo fogo, além de trens e carros de passeio. De acordo com os deputados, a ação dos criminosos deve ser classificada como atos de terrorismo, para que o Estado responda à altura.
Presidente da Comissão de Segurança Pública e de Assuntos da Polícia da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o deputado Márcio Gualberto (PL) afirmou que o momento atual é bastante delicado e que não existem medidas fáceis ou simplórias. Mas reforçou que a população não pode ficar refém de traficantes e milicianos “que insistem em espalhar o terror, agir com extrema violência e colocar todo um Estado de cócoras diante da brutalidade com que agem”.
“Não podemos, jamais, normalizar o que está acontecendo ou acreditar que sempre foi assim e que, em algum momento, as coisas irão se resolver como num grande passe de mágica. Um pensamento tão medíocre não pode fazer parte da vida de uma autoridade pública”, disse o deputado.
Márcio Gualberto também defendeu que não serão iniciativas “pirotécnicas” ou “midiáticas” que produzirão resultados satisfatórios e convocou uma reunião especial da Comissão para esta terça-feira (24). “Os atores armados não estatais precisam ser tratados com o máximo rigor e legalidade, pois devem entender que o crime não compensa”, concluiu.
Para o deputado estadual Anderson Moraes (PL), que é presidente da Comissão de Indústria e Comércio da Alerj, o que está acontecendo agora é fruto de uma série de erros cometidos por gestões passadas que agiram com a falta do rigor necessário.
“Na vida, colhemos o que plantamos. Plantamos a impunidade e estamos colhendo o caos”, disse Moraes. O deputado explica que, após as eleições de 2022, o crime e o criminoso ficaram muito mais à vontade para agir livremente. O resultado disso, na visão do parlamentar, são os episódios de insurgência criminal em vários estados da federação, como os que temos visto todos os meses.
“A sociedade fluminense está sentindo na pele as consequências do ódio ao trabalho policial, a exaltação da cultura da bandidolatria, o excesso de piedade criminosa e a falta de eficácia punitiva”, lamentou Moraes.
Já o presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia, Rodrigo Amorim (PTB), declarou que as próximas duas reuniões do colegiado serão para tratar de projetos relativos à Segurança Pública no estado do Rio.
Nas palavras do deputado, atacar um meio de transporte coletivo é algo inqualificável. Ele ainda cobrou que a legislação seja cada vez mais dura com os criminosos.
“Parabenizo mais uma ação precisa e contundente da nossa PCERJ que tirou mais marginais do nosso convívio. O Rio de Janeiro vencerá essa guerra. Desde já precisamos endurecer as leis para quem ousa dominar território e também contra aqueles que atentam contra a vida dos cidadãos”, disse o deputado. “Todo meu apoio ao trabalho da Polícia Civil no enfrentamento a estes vagabundos milicianos, que não hesitam em ameaçar a vida de trabalhadores inocentes quando são confrontados. O Rio vai vencer essa guerra”, finalizou Amorim.
Em Brasília, o deputado federal General Eduardo Pazuello (PL-RJ) também se posicionou sobre os acontecimentos. Para ele, é preciso usar o termo certo para classificar os criminosos que agiram na tarde de ontem acabando com a paz dos cidadãos de bem.
“Terroristas! O Estado precisa agir imediatamente e à altura dos ataques que estão sendo cometidos por esses terroristas. É preciso que se reestabeleça a ordem e a paz para que o cidadão de bem recupere seu direito de ir e vir”, disse o deputado.
Pazuello ainda citou o artigo segundo da Lei 13.260, que define o conceito de terrorismo como sendo “a prática de atos de destruição”, e defendeu a prisão perpétua para esse tipo de crime.
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