Desordem urbana dificulta acesso ao Metrô

Ambulantes irregulares se misturam com legalizados na entrada da estação Carioca, escondendo a entrada e dificultando o acesso das pessoas

A desordem urbana continua imperando na cidade do Rio. Dentro e fora das estações do metrô, o problema é crônico. Passageiros são frequentemente importunados, seja pelos gritos dos ambulantes ofertando seus produtos, como pela verdadeira barreira que se forma na entrada das estações, dificultando o acesso das pessoas e escondendo a entrada para quem passa desavisado.

No acesso à estação Carioca, na região central do Rio, por exemplo, é difícil caminhar. Ambulantes irregulares se misturam às barracas legalizadas. O quadro se agrava sempre que há um desembarque e um grande número de pessoas deixa a estação ao mesmo tempo, entre encontrões e empurrões. Pedestres reclamam do descaso da prefeitura.

"É uma verdadeira prova com barreiras. Além de desviar das outras pessoas que saem da estação após o desembarque, a gente tem que desviar das barracas e das mercadorias que os camelôs colocam no chão, no meio do caminho. Teve um dia que vi uma senhora tropeçar e cair. Por sorte não se machucou", contou o estudante universitário Marcelo Freitas, de 22 anos.

O problema não se restringe às estações do metrô. No acesso às barcas da Praça XV, próximo ao terminal rodoviário e até mesmo sobre os trilhos do VLT a grande presença de vendedores ambulantes chama a atenção, misturada a pedintes e moradores de rua, que assim como os camelôs, parecem não receber a atenção necessária e o acolhimento por parte do poder público.

Para completar o quadro de caos, resta para trás um rastro de sujeira que o pessoal da limpeza urbana não consegue dar conta, talvez também por falta de planejamento. No caminho até o Teatro e a Câmara Municipal, além de mais ambulantes e moradores de rua, o pedestre enfrenta um forte cheiro de urina que costuma empestear o lugar. "Isso aqui tá abandonado", resume a operadora de telemarketing Karina Seixas, de 34, que trabalha num escritório comercial na região. A prefeitura, por sua vez, alega que faz sua parte, com a regularização, a fiscalização e a limpeza.