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Desemprego cai em 22 estados no 2º trimestre; Bahia e Pernambuco têm as piores taxas

Desemprego foi de 7,5% para os homens e de 11,6% para as mulheres, segundo o IBGE. Para jovens de 18 a 24 anos chega a ser mais que o dobro da taxa geral.


Foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

Via g1


A taxa de desemprego caiu em 22 das 27 unidades da federação no 2º trimestre, na comparação com os 3 primeiros meses do ano, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outros cinco estados registraram estabilidade.


As maiores taxas de desemprego foram da Bahia (15,5%), Pernambuco (13,6%) e Sergipe (12,7%), e as menores, de Santa Catarina (3,9%), Mato Grosso (4,4%) e Mato Grosso do Sul (5,2%).


Na média nacional, a taxa desemprego ficou no 9,3% no 2º trimestre, ante 11,1% no 1° trimestre, mas com a falta de trabalho ainda atingindo quase 10,1 milhões de brasileiros, conforme já divulgado anteriormente pelo IBGE.


Veja a taxa de desemprego por estado:


  • Bahia: 15,5%

  • Pernambuco: 13,6%

  • Sergipe: 12,7%

  • Rio de Janeiro: 12,6%

  • Paraíba: 12,2%

  • Rio Grande do Norte: 12%

  • Acre: 11,9%

  • Distrito Federal: 11,5%

  • Amapá: 11,4%

  • Alagoas: 11,1%

  • Maranhão: 10,8%

  • Ceará: 10,4%

  • Amazonas: 10,4%

  • Piauí: 9,4%

  • São Paulo: 9,2%

  • Pará: 9,1%

  • Espírito Santo: 8%

  • Minas Gerais: 7,2%

  • Goiás: 6,8%

  • Rio Grande do Sul: 6,3%

  • Roraima: 6,2%

  • Paraná: 6,1%

  • Rondônia: 5,8%

  • Tocantins: 5,5%

  • Mato Grosso do Sul: 5,2%

  • Mato Grosso: 4,4%

  • Santa Catarina: 3,9%



Os principais destaques na passagem do 1º para o 2º trimestre foram Tocantins (cuja taxa de desemprego caiu de 9,3% para 5,5%), Pernambuco (de 17,0% para 13,6%) e Alagoas (14,2% para 11,1%). Já os estados que mostraram estabilidade na taxa de desemprego foram: Amapá, Ceará, Rondônia e Mato Grosso, além do Distrito Federal.

Veja a taxa de desemprego por região:

  • Nordeste: 12,7%

  • Sudeste: 9,3%

  • Norte: 8,9%

  • Centro-Oeste: 7%

  • Sul: 5,6%


Desemprego atinge mais mulheres, negros e jovens


Veja outros destaques da pesquisa:


  • A taxa de desemprego foi de 7,5% para os homens e de 11,6% para as mulheres; ou seja, a desocupação das mulheres é 54,7% maior que a dos homens;

  • Para brancos (7,3%), a taxa ficou abaixo da média nacional (9,3%), e para pretos (11,3%) e pardos (10,8%) ficou acima; no 2º trimestre, 64,7% dos desempregados no país eram pretos ou pardos;

  • As taxas mais elevadas são para jovens de 18 a 24 anos (19,3%) e de 14 a 17 anos (33,3%). Para os grupos de 25 a 39 anos (8,3%), 40 a 59 anos (6%) e o de 60 anos ou mais (4%), o desemprego ficou abaixo da taxa nacional;

  • O desemprego para as pessoas com ensino médio incompleto (15,3%) foi maior que para os demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi 9,9%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (4,7%);

  • Taxa de informalidade o país foi de 40% da população ocupada, com as maiores taxas no Pará (61,8%), Maranhão (59,4%) e Amazonas (57,7%) e as menores, com Santa Catarina (27,2%), São Paulo (31,1%) e Distrito Federal (31,2%).

  • O número de desalentados (pessoas que desistiram de procurar trabalho) no país segundo trimestre foi de 4,3 milhões de pessoas, com a Bahia também registrado o maior número (612 mil desalentados);

  • O rendimento real habitual caiu 5,1% em 1 ano, para R$ 2.652. O rendimento médio das mulheres (R$ 2.292) representou 78,6% do rendimento médio dos homens (R$ 2.917).


Perspectivas


O cenário de juros altos, desemprego ainda elevado, preocupações com a trajetória da dívida pública e o risco de uma recessão global têm dificultado uma retomada mais consistente da economia brasileira.


O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), voltou a cair em julho após três meses seguidos de alta, indicando uma perda de força da retomada do mercado de trabalho ao longo do ano.


Mesmo com a indicação de que o pior já passou para a inflação, o BC elevou na semana passada a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, a 13,75% – maior patamar em 6 anos. E a perspectiva é que os juros permaneçam em patamar elevado por um bom tempo.


Em meio pacote de medidas de ampliação de benefícios sociais e corte de impostos em ano eleitoral, o mercado financeiro prevê uma alta ao redor de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. Por outro lado, tem reduzido a expectativa de crescimento para o próximo ano, com analistas alertando inclusive para o risco de estagnação.


O Itaú, por exemplo, prevê expansão de 2,2% do PIB em 2022, mas passou a projetar um crescimento de apenas 0,2% em 2023. Para o mercado de trabalho, o banco passou a estimar taxa de desemprego de 9,1% no término deste ano, mas de 10,1% ao fim do próximo ano.


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