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Bomba: Polícia Civil desbarata quadrilha que vendia anabolizantes ilegais com repelente de insetos na fórmula

O grupo usava influencers para divulgar os produtos e também patrocinava eventos de fisiculturismo para promovê-los
O grupo usava influencers para divulgar os produtos e também patrocinava eventos de fisiculturismo para promovê-los

Uma operação da Polícia Civil com o Ministério Público do Estado (MPRJ) desbaratou nesta terça (14) uma quadrilha que pode ser a maior revendedora de anabolizantes ilegais do país. Mais de R$ 80 milhões foram bloqueados das contas dos denunciados.


A polícia prendeu 14 pessoas em diferentes cidades do estado. Uma segue foragida. No total, 23 foram denunciadas por integrar o bando. Segundo as investigações, os anabolizantes possuem substâncias tóxicas e até repelente de insetos na fórmula.


O grupo usava influencers para divulgar os produtos e também patrocinava eventos de fisiculturismo para promovê-los. Parte dos anabolizantes era distribuída pelos Correios. Os denunciados comercializavam as substâncias para clientes localizados em 26 estados brasileiros.


Os mandados obtidos pelo MPRJ junto à 5ª Vara Criminal da Comarca de São Gonçalo foram cumpridos em endereços localizados na Capital (Irajá, Vicente de Carvalho, Guadalupe, Méier e Olaria) e mais três municípios: Niterói, São Gonçalo, e Maricá. Também há um mandado de busca e apreensão no Distrito Federal. O MPRJ também obteve ordem judicial de bloqueio de R$ 82.062.506,00 da conta dos denunciados.


A Operação Kairós, como foi batizada, denunciou os acusados pelos crimes de associação criminosa, falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais e crimes contra as relações de consumo.


Como funcionava o esquema

As investigações identificaram as marcas Next Pharmaceutic, Thunder e Plus Suplementos como parte do conglomerado envolvido na venda de anabolizantes. Segundo os promotores, os criminosos vendiam, expunham à venda e distribuíam produtos sem registro no órgão de vigilância sanitária competente, de procedência desconhecida e adquiridos de empresas sem autorização das autoridades sanitárias.


Os produtos eram promovidos e comercializados por meio de sites e redes sociais, sem informações sobre os riscos à saúde, induzindo os consumidores a comportamentos prejudiciais.

As investigações tiveram início em meados de 2024, a partir de postagens identificadas pelo setor de Segurança dos Correios e comunicadas à Delegacia de Crimes Contra o Consumidor (DECON). Estima-se que, desde o início das investigações, tenham sido apreendidos 1.150 frascos contendo substâncias anabolizantes e que o grupo criminoso movimentou mais de R$ 82 milhões no período.

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