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Avanços no saneamento marcam o Dia Estadual da Baía de Guanabara

Desde que a Águas do Rio assumiu a concessão do saneamento básico em 27 cidades do estado, em novembro de 2021, as mudanças começaram a ser percebidas
Desde que a Águas do Rio assumiu a concessão do saneamento básico em 27 cidades do estado, em novembro de 2021, as mudanças começaram a ser percebidas

No Dia Estadual da Baía de Guanabara, celebrado neste 18 de janeiro, a importância desse ecossistema para o Rio de Janeiro merece destaque e deve impulsionar reflexões sobre os desafios e avanços em sua recuperação ambiental. Com 412 quilômetros quadrados de área, banhando 53 praias e cercada por municípios densamente povoados, a baía enfrenta o impacto de décadas de expansão desordenada, que comprometeu a biodiversidade local, incluindo espécies como golfinhos, tartarugas-marinhas e manguezais.


Desde que a Águas do Rio assumiu a concessão do saneamento básico em 27 cidades do estado, em novembro de 2021, as mudanças começaram a ser percebidas. Em pouco mais de três anos, cerca de 92 milhões de litros de esgoto deixaram de ser despejados diariamente nas águas da baía e em praias oceânicas. Este avanço reflete o investimento de R$ 4 bilhões, já realizado pela concessionária, com planos ambiciosos de somar R$ 12 bilhões na próxima década para alcançar a universalização do saneamento nesses municípios e impactar cerca de 8,5 milhões de pessoas.


Os progressos, no entanto, já são notórios. Relatórios do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) apontam a recuperação da balneabilidade em áreas da capital como Flamengo, Glória e Paquetá. Na Enseada de Botafogo, resultados inéditos mostraram no ano passado águas balneáveis após uma década. Em Paquetá, a universalização do esgotamento sanitário foi concluída em setembro de 2023, com esgoto tratado sendo conduzido para uma estação de São Gonçalo por uma tubulação subaquática.


Legado sustentável


Intervenções similares acontecem na Ilha do Governador, onde Coletores de Tempo Seco (CTS) já estão em operação para impedir que o esgoto alcance as águas da baía. Em tempo: o CTS é um dispositivo que capta o esgoto lançado indevidamente nas redes de drenagem pluvial, redirecionando-o para o sistema de tratamento antes que chegue a rios, mares ou outras fontes de água. São Gonçalo também registra avanços, como no bairro Mutondo, que agora trata 7 milhões de litros de esgoto por dia. Outro destaque é o projeto de revitalização da Praia das Pedrinhas, cuja rede coletora em implantação evitará o despejo de 2,6 milhões de litros de esgoto diariamente na baía.


“A Baía de Guanabara é um símbolo do nosso estado e da complexidade que envolve o saneamento básico. Recuperá-la exige muito mais do que tecnologia e investimento; requer diálogo constante com os municípios, engajamento da sociedade e ações coordenadas entre governos. É um desafio que demanda resiliência, mas os resultados já alcançados mostram que estamos no caminho certo. Essa recuperação é sobre cuidar do meio ambiente, melhorar a qualidade de vida das pessoas e impulsionar a economia local. É sobre entregar um legado sustentável para as próximas gerações”, afirma Anselmo Leal, presidente da Águas do Rio.


Bom para a saúde, turismo e mercado imobiliário


Os benefícios da recuperação vão além do ambiental. Um estudo do Trata Brasil aponta que a universalização do saneamento pode impactar positivamente setores como turismo, mercado imobiliário e saúde pública, reduzindo custos hospitalares e melhorando a qualidade de vida de crianças, o que reflete também na produtividade dos adultos.


A Baía de Guanabara, que recebe águas de mais de 35 rios e é o segundo maior porto do Brasil, tem potencial para ser revitalizada. No entanto, sua recuperação exige o engajamento de toda a sociedade, fortalecendo o que a Águas do Rio denomina como prosperidade compartilhada: um futuro sustentável que beneficie não apenas o ecossistema, mas também as pessoas que dele dependem.

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